Agrupamento de Escolas de Vilela

segunda-feira, 17 de maio de 2021

A primeira vacina faz hoje 225 anos!


Edward Jenner FRS (Berkeley, 17 de maio de1749 — Berkeley, 26 de janeiro de 1823) foi um naturalista e médico britânico que exercia clínica em Berkeley, filho de um vigário anglicano, Edward Jenner. Aos 14 anos, tornou-se aprendiz de cirurgião na sua terra natal. Mais tarde, estudou em Londres. Em 1772, voltou para Berkeley, onde se dedicou à medicina e ficou conhecido pela invenção da vacina da varíola - a primeira imunização deste tipo na história do ocidente.

Edward Jenner também se dedicou a outras áreas de pesquisa, colecionando fósseis e realizando pesquisas em horticultura. A primeira descrição da arteriosclerose foi dada por Jenner, como se verifica no seguinte texto:

“Depois de examinar as partes mais importantes do coração, sem encontrar nada que justificasse a morte súbita do doente ou os sintomas que a precederam, eu estava a fazer uma incisão transversal próximo da base do coração, quando a lâmina se deparou com alguma coisa dura, como se fossem pequenas pedras. Lembro que olhei para o velho tecto, pensando que algo tivesse caído de lá. Examinando melhor, a verdadeira causa apareceu: as coronárias tinham-se transformado em canais ósseos.”

Porém, o seu legado para a humanidade estará para sempre ligado ao princípio da vacinação e à varíola.

Em 1789, Edward Jenner observou que as vacas tinham nas tetas feridas iguais às provocadas pela varíola no corpo dos humanos. Os animais tinham uma versão mais leve da doença, a varíola bovina ou bexiga vacum. Em 1796, resolveu pôr à prova a sabedoria popular que dizia que quem lidava com gado não contraía varíola. Ao observar que as mulheres responsáveis pela ordenha, quando expostas ao vírus bovino, tinham uma versão mais suave da doença. Jenner conduziu a sua primeira experiência com James Phipps, um menino de oito anos.

Jenner inoculou o pus extraído de feridas de vacas contaminadas, recolhendo o líquido que saía destas feridas, e colocou-o em cima de arranhões que ele provocou no braço do menino. Este teve um pouco de febre e algumas lesões leves, tendo uma recuperação rápida. A partir daí, o cientista pegou no líquido da ferida de outro paciente com varíola e, novamente, expôs o menino ao material. Semanas depois, ao entrar em contacto com o vírus da varíola, a criança passou incólume à doença. Estava descoberta assim a propriedade de imunização.

No ano seguinte, relatou a sua experiência na Royal Society - a Academia de Ciências do Reino Unido -, mas as provas que ele apresentou foram consideradas insuficientes. Realizou então novas inoculações, noutras crianças, inclusive no seu próprio filho. Em 1798, o seu trabalho foi reconhecido e publicado. No entanto, os seus críticos procuravam ridicularizá-lo, denunciando como repulsivo o processo de infectar humanos com material colhido de animais doentes. No entanto, as vantagens da vacinação, foram logo tão evidentes, ao tornarem imune à varíola humana, uma das doenças epidémicas mais mortais da humanidade.

A varíola só seria erradicada na década de 1980, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Edward Jenner foi capaz de descobrir a vacina para essa doença que tanto matava naquela época.

https://www.oinstitutojenner.pt/o-instituto/quem-foi-edward-jenner/

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